Por Valentina Seabra
Segundo a psicologia positiva, existem 10 padrões sabotadores que podem estar atrapalhando a sua vida no dia a dia. Entre eles estão: hiper realizador, vítima, hiper vigilante, insistente, prestativo, esquivo, hiper racional, inquieto, controlador, e o “pai de todos”, aquele que desperta todos estes: o crítico.
Esses sabotadores são um conjunto de padrões mentais automáticos e habituais, cada um com sua própria voz, crença e suposições que trabalham contra o que é melhor para você.
São universais e servem de mecanismos de defesa que nos ajudam a sobreviver para que consigamos lidar com as ameaças que percebemos na vida, tanto emocional quanto física. Logo são padrões de comportamentos que criamos como resposta a situações corriqueiras da vida. Os 10 sabotadores mais ativos são responsáveis pelas sensações de fracasso e de desmotivação vivenciadas na vida pessoal e fora dela.
O crítico é o principal sabotador, o que afeta e desiquilibra todo mundo. Ele nos faz a encontrar defeitos em nós mesmos, nos outros e em nossas condições e situações. Gera a maior parte da nossa ansiedade, estresse, raiva, decepção, vergonha e culpa. O discurso/mentira que esse sabotador conta para se justificar é a de que, sem ele, nós nos transformaríamos em seres preguiçosos e sem ambição que não iriam muito longe. Assim, a voz dele costuma ser confundida com a voz durona da razão em vez de o sabotador destrutivo que realmente é.
Mas como acontece na prática? Abaixo uma descrição das características, pensamentos, sentimentos, mentiras para justificar, função de existir e impactos em quem sente esse sabotador e nos outros:
- Descrição: Acha defeitos em si mesmo, nos outros e nas circunstâncias. Provoca a maior parte da nossa decepção, raiva, arrependimento, culpa, vergonha e ansiedade. Ativa Sabotadores cúmplices.
- Características: Em si mesmo, se atormenta por erros passados e falhas atuais. Nos outros, se concentra no que está errado em vez de apreciar as coisas boas. Faz comparações do que é superior e inferior. E nas circunstâncias, insiste naquilo que é “ruim” em vez de ver como dádiva e oportunidade.
- Pensamentos: O que há de errado comigo? O que há de errado com você? O que há de errado com minha circunstância ou com esse resultado?
- Sentimentos: Toda culpa, arrependimento e decepção vêm do crítico. Muito da raiva e da ansiedade é instigado por ele.
- Mentiras para justificar: Se eu não pressionar, você vai ficar preguiçoso e acomodado. Se eu não punir você pelos seus erros, você não vai aprender com eles e vai repeti-los. Se eu não botar medo em você sobre maus resultados futuros, você não vai dar duro para impedir que aconteçam. Se eu não criticar os outros, você vai perder sua objetividade e não vai proteger seu interesse próprio. Se eu não fizer você se sentir mal em relação a resultados negativos, você não vai fazer nada para mudá-los.
- Impacto em si mesmo e nos outros: O crítico é o Sabotador mestre e a causa original de boa parte de nossa ansiedade, aflição e sofrimento. Também é a causa de muitos conflitos de relacionamento.
- Função original de sobrevivência: Uma tendência em reparar, exagerar e reagir ao negativo é uma estratégia de sobrevivência central. Ela reduz nossas chances de sermos surpreendidos e afetados por perigos não previstos à nossa sobrevivência física e emocional. Por causa dessa função chave, o Crítico é o Sabotador universal compartilhado por todos, independente das circunstâncias do nosso crescimento
Um bom exercício é fazer um diário emocional observando as situações e como ele aparece nestas circunstâncias. Sabemos que o excesso de criticismo pode nos fazer procrastinar, machucar as relações, ter uma visão pessimista da vida e até mesmo adoecer.
E você, de 1 a 10 como se sente em relação a esse sabotador?