Tendências em Portos e Logística em 2023

O setor portuário brasileiro segue registrando bons números. Apesar da redução de 0,4% de toneladas transportadas em relação a 2021 (ano que registrou o maior índice da história), a 1,209 bilhão de toneladas movimentadas em 2022 foram comemoradas no mercado, principalmente pelo cenário pouco otimista que se formou no início do ano pela guerra entre Rússia e Ucrânia e pela desaceleração da economia chinesa. Os números são do Anuário Estatístico da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), divulgado em fevereiro deste ano.

Junto a esse crescimento, no entanto, o setor tem o desafio de se tornar mais atrativo para as empresas, de forma a incentivar a logística do comércio nacional através desse modal, que ainda tem um alto potencial de crescimento. A nível de comparação, cerca de 90% do transporte mundial é feito por navios. Já no Brasil, o modal mais utilizado é o rodoviário, responsável por 61,1% das cargas transportadas. O transporte aquaviário é apenas o terceiro mais utilizado, com 13,6%.

Os 3 modais mais utilizados para transporte da produção brasileira

  1. Rodoviário – 75%
  2. Marítimo – 9,2%
  3. Aeroviário – 5,8

Para o ano de 2023, os transportadores marítimos precisam acompanhar as transformações que envolvem o mercado, mapeando as boas práticas e oferecendo sempre as melhores soluções e economias para os seus clientes. Os times de Marine e P&C da Inter apontou, cuidadosamente, três tendências do setor de Portos e Logística para 2023. Confira.

  • Cabotagem

Cabotagem é a navegação realizada entre portos ou pontos de um mesmo país, através de rios
e mares. No Brasil esse tipo de transporte é favorecido pela grande extensão aquaviária. São 8.500 km de costa navegável e, segundo a ANTAQ, 170 portos entre marítimos, navegáveis e secos.

Em relação aos rios, segundo o portal Sinval, são 42 mil quilômetros, sendo o Solimões, Madeira, apajós e Tocantins, no Norte do país; Paraná-Tietê, no Centro-Oeste; e as hidrovias do Sul, Jacuí, Lagoa dos Patos e Guaíba. Os operadores hoje já possuem a preferência em trabalhar com a cabotagem em substituição ao transporte pelas diversas vantagens que o modal oferece. Michele Matzrrom, especialista em Marine da Inter, destaca àquelas relacionadas à agilidade e sustentabilidade do modal.

“Com a cabotagem é possível reduzir o número de viagens porque você consegue transportar um volume maior de carga em uma única viagem. Dessa forma diminui-se a quantidade de transportadores terrestres e, consequentemente, a emissão de gás carbônico emitida por esses transportes”.

  • ESG

As empresas, em especial do setor de Portos e Logística, precisam estar atentas às questões relacionadas as boas práticas de environmental, social and governance (ambiental, social e governança). O conceito tem como premissa fundamental cuidados e responsabilidade com pessoas e sustentabilidade.

No que se refere ao impacto ambiental, o IMO (Organização Marítimo Ambiental) vem introduzindo novas regulamentações relacionadas às emissões atmosféricas em geral. No início de 2021, para conter e reduzir a emissão dos óxidos de enxofre, entrou em vigor uma nova regulamentação sobre a qualidade do bunker, tornando obrigatório o uso de combustíveis com menos de 0,5% de enxofre em sua composição — hoje, o enxofre está em torno de 3,5%.

Para estar alinhadas com as boas práticas de ESG, os transportadores precisam investir em soluções que busquem o aumento da eficiência energética e a otimização operacional, ações apontadas pelo Fórum Internacional de Transporte para tornar o transporte marítimo mais sustentável.

  • Digitalização

A transformação digital é um processo que provoca estímulos às empresas por uma mudança de mentalidade corporativa, de modo que seja possível acompanhar os avanços tecnológicos daquele mercado onde elas estão inseridas.

As empresas do setor de portos e logística, entendendo essa necessidade, estão cada vez mais conectadas pela tecnologia. O uso da inteligência artificial e de automação, por exemplo, torna os processos menos manuais, mais eficientes e mais sustentáveis, o que, de forma geral, aumenta a lucratividade para o transportador, diminui os custos e aumenta a segurança da carga do cliente, além de ser menos agressivo ao meio ambiente.

Principais vantagens no transporte via cabotagem

  • Agilidade devido, a maior capacidade de carga em uma única viagem
  • Segurança, devido ao baixo número de roubos em comparação ao transporte terrestre
  • Mais econômico
  • Menos poluente

Principais tecnologias para portos e embarcações 

  • Imagens de sonar
  • Câmeras de alta qualidade
  • Sistemas de navegação com computador de bordo Integração da navegação com smartphones e tablets
  • Utilização e energia solar em barcos solares
  • Motores híbridos
  • Piloto automático
  • Geolocalização

Apesar de todas essas vantagens, a digitalização no setor requer cuidados quanto às ameaças de crimes cibernéticos. Pamela Perla, diretora comercial da Inter, alerta para a necessidade de maturidade do mercado no entendimento dessas ameaças. “A digitalização resulta em riscos mais gerenciáveis, mas em contrapartida aumenta à exposição de riscos cibernéticos. Por isso é importante que se traga uma maior maturidade para as empresas. O que nós, da Inter, fazemos, é apresentar para as empresas todos os recursos disponíveis para a contratação de uma apólice como essa, de forma que seja possível ter todas essas vantagens da transformação digital com segurança”

Veja no canal da Inter 

Nossas especialistas no setor de Portos e Logística, Michele Matzrrom e Pamela Perla, destacam os impactos da Cabotagem, ESG e digitalização no gerenciamento de riscos e na contratação de seguros.

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