por Rachel Vassalo
A pandemia do coronavírus trouxe graves impactos para o setor de eventos, deixando cerca de 1,3 milhões de pessoas desempregadas desde o início da paralização. Mas com o retorno às atividades presenciais, a retomada do setor voltou a todo vapor. Produtores de eventos projetam “2 anos em 1” e, só no ano passado, o setor gerou cerca de 268 mil novos empregos. A expectativa é que 2022 traga ainda mais oportunidades.
Além disso, Segundo a Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape), o mercado de Seguros para Eventos é responsável por 4,5% do PIB do Brasil e apresenta uma movimentação anual de R$ 270 bilhões
Sendo assim, produtores de grandes eventos, como shows, circos e afins, devem voltar a se preocupar com os sinistros onde o desafio em questão é proteger tanto a plateia, quanto os artistas e trabalhadores (por trás das estruturas). Infelizmente notícias como “Camarote de micareta cai e fere 60 em São José dos Campos”, “Criança de 6 anos sofre lesão no olho durante show de mágica no Espírito Santo” e “Agrishow, em São Paulo, deixa 3 vítimas gravemente feridas, que estavam trabalhando na desmontagem dos estandes de exposição”, são recorrentes na mídia e muitas das vezes sem cobertura de seguro.
O Rock in Rio, reconhecido como um dos maiores festivais musicais do planeta, realizou, em setembro deste ano, seu primeiro evento após a pandemia, protegido com seguros para acidentes. As pessoas que pisaram na Cidade do Rock, automaticamente estavam resguardadas com cobertura contra morte acidental, invalidez por acidente e despesas médicas e hospitalares provocadas por possíveis sinistros.
Como funciona um seguro para eventos?
O objetivo é preservar o organizador, staff e os participantes durante um show, espetáculo ou comemoração. Em caso de sinistros, os prejuízos de uma série de ocorrências serão pagos pela seguradora e não pelos responsáveis/organizadores. O seguro visa cobrir danos materiais e corporais para os segurados, terceiros e/ou o público em geral e protege o segurado em casos de acidentes com a realização do evento promovido exclusivamente pelo segurado ou sua participação.
Outras coberturas importantes devem ser cuidadosamente avaliadas de acordo com cada evento como, instalação, montagem e desmontagem; queda, lançamento ou deslocamento de objetos; equipamentos em exposição, desabamento da estrutura montada; fornecimento de alimentos e bebidas; incêndio e/ou explosão; tumultos ocorridos entre os espectadores, danos morais, entre outras.
Há ainda as coberturas garantidas pelo seguro em casos de cancelamento do evento. O segurado pode optar pela contratação de coberturas para despesas em geral decorrentes do cancelamento do evento ou por parte do artista, incluindo despesas com devolução de ingressos que pode ser um custo bastante elevado.
Custo-benefício
É comum a associação de custos elevados à contratação de seguros, o que, na maioria das vezes, acaba sendo a grande barreira para a emissão da apólice desejada. Mas, no caso do seguro para eventos, o valor é mais acessível do que possa imaginar. Segundo a Associação Brasileira de Marketing Promocional (Ampro), os custos para a contratação da apólice, que pode ser contratada de forma personalizada, geralmente giram em torno de 1% do valor total do evento.
Fonte: Revista apólice