Vimos ao longo dos últimos anos alguns exemplos de incêndios de grande proporção no Brasil, e infelizmente esse tipo de ocorrência tem se tornado cada vez mais comum e nos mais diversos locais, como residências, estabelecimentos comerciais e industriais e até mesmo governamentais. A grande maioria desses incêndios acontece devido a curtos-circuitos, que geram faíscas e podem ocasionar explosões que causam perdas de materiais e equipamentos e até mesmo de pessoas.
Como exemplo, podemos relembrar o incêndio na boate Kiss – RS, que deixou 242 mortos em 2013, e o incêndio no Ninho do Urubu – RJ, que matou 10 adolescentes em 2019 . Já o incêndio no Museu Nacional – RJ, um dos mais importantes do país, apesar de não vitimar pessoas, deixou cerca de 90% do acervo de mais de 20 milhões de itens totalmente destruídos, em 2018.
O que é um curto-circuito?
O curto-circuito é um fenômeno provocado pela passagem de corrente elétrica elevada em um circuito que não estava preparado para receber tal carga. Diversos fatores podem influenciar o funcionamento dos aparelhos elétricos e facilitar a ocorrência de curtos-circuitos.
No entanto, os principais problemas constatados se devem a três elementos chave:
- Variações na rede elétrica
- Instalações problemáticas
- Equipamentos defeituosos
Como evitar incêndios por curtos-circuitos?
- Providenciar uma instalação elétrica adequada
- Utilizar dispositivos de proteção como disjuntores, DRs (Interruptor Diferencial Residual) e DPSs (Dispositivo de Proteção Contra Surtos).
- Deixar a manutenção dos equipamentos em dia
- Evitar muitos aparelhos ligados em uma só tomada, emendas improvisadas e demais “gambiarras”
Embora a contratação do seguro incêndio tenha previsão legal (Decreto Lei 73/66 e Artigo 20 do Decreto 61.687/67), apenas 25% das empresas (pessoas jurídicas) no País têm o seguro. “A não contratação desse produto pode ser pelo desconhecimento da lei, pela falta da cultura do seguro ou por falha na divulgação e oferta”, diz trecho da Carta de Conjuntura do Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo).
Como funciona um seguro contra incêndio?
Além dos riscos à vida, um incêndio pode ocasionar grandes prejuízos financeiros e comprometer a continuidade dos negócios. A boate Kiss, por exemplo, nunca foi reaberta. A expectativa é de que, após o julgamento dos réus, o prédio seja demolido para a construção de um espaço em memória às vítimas.
Nesse contexto, uma apólice contra incêndios se torna essencial para a empresa, já que suas coberturas visam proteger o bem segurado de possíveis danos ocasionados por fogo ou pela fumaça, explosão entre outras.
Para contratar o seguro contra incêndio, o gestor ou empreendedor devem avaliar o valor de reconstrução do imóvel (prédio + conteúdo) e contar com um corretor qualificado para análise do risco e que auxilie na contratação rápida e correta. Uma atitude simples que protege o seu negócio.
– Por Rachel Vassalo