O builder’s risk, que tem como objetivo cobrir perdas e danos aos ativos destinados a construção de embarcações, estando esses no dique, acoplados, armazenados em depósito do contratante do seguro e/ou de terceiros a seu serviço, bem como durante trânsito, testes, lançamento, prova de mar e entrega.
Pode ainda abranger, a cobertura de todos os equipamentos, próprios e/ou que estejam sob responsabilidade do contratante do seguro, durante o período de construção e ainda, sera acrescido de coberturas adicionais, tais como: erro de projeto, manutenção ampla, remoção de destroços, dentre outros.
Essa apólice pode ser contratada pelo proprietário da embarcação ou pelo estaleiro responsável pela execução do projeto, mediante sempre a apresentação de um cronograma físico e financeiro do projeto à seguradora.
Nesse contexto, o builder’s se torna uma ferramenta de proteção e mitigação de riscos, tanto para o proprietário da embarcação ou estaleiro, quanto para instituições financiadores de grande parte desses projetos – que estão condicionando a liberação dos recursos à contratação desse seguro pelo valor total da obra.
Considerando que diversos clientes têm adotado como estratégia principal a conversão das embarcações para ampliar o escopo de operações e empregabilidade da frota, atendendo, dessa forma, as novas necessidades operacionais. Já é notado um crescimento de 60% na contratação do seguro builder’s risk para atender essa demanda latente. Os dados são de um levantamento da divisão de riscos marítimos da Inter Risk Services.
“Embora saibamos da importância da contratação em projetos de construção de novas embarcações, haja vista a exclusão do risco do construtor (builder’s) observada em grande parte dos clausulados de casco e máquina, não podemos deixar de mencionar a necessidade desta apólice também para projetos de conversões/modificações/ alterações/instalação e montagem, nos cascos de embarcações já entregues ao armador, estando essas operacionais ou não”, esclarece Michele Matzrrom, head de Marine.
Por isso, os especialistas alertam que é importante evitar ficar sem cobertura. “Para isso, a nossa sugestão para demandantes de projetos que envolvam conversão é que, antes do início das obras, verifiquem as condições das apólices de cascos e máquinas e assim, a necessidade da contratação do seguro de builder’s, para proteção e mitigação dos riscos inerentes a execução desse projeto”, alerta Michele.
Vale ressaltar que, se a cobertura de casco e máquina estiver suspensa nesse período, deverá ser analisado para fins de composição do valor total em risco a ser contrato para a apólice de builder’s, não somente o valor correspondente ao investimento na obra de adequação, mas também o valor de reposição do barco, como forma de também garantir cobertura ao bem já existente.
Fica a dica que, durante o período dessa obra de adequação, uma vez estando a cobertura de casco e máquina suspensa, seja possível negociar com a sua seguradora, um desconto no prêmio correspondente a esse período.
